Fiat Palio Essence 1.6

Written By nyit on Sunday, January 9, 2011 | 11:05 AM

Teste: Fiat Palio Essence 1.6  
Fiat garante novo motor ao Palio antes do hatch ganhar sua nova geração

Com as vendas do Palio cada vez mais baixas desde o lançamento do novo Uno, em maio de 2010, a Fiat resolveu tentar impulsionar um pouco o desempenho do seu veterano hatch compacto, lançado em 1996 e reestilizado em 2001, 2004 e 2008.
Isso justifica a introdução no Palio do novo motor E.TorQ 1.6 16V – desde 2002 o compacto não recebia um propulsor 1.6. A expectativa é que a motorização ajude a estabilizar as vendas até o segundo trimestre de 2011, quando chega ao mercado uma geração completamente nova na linha Palio. E esse Palio de segunda geração, que estreará como modelo 2012, já tem definida uma versão movida pelo mesmo propulsor 1.6 16V, lançado no ano passado pela FPT.

Mecanicamente, a linha 2011 do Palio chega apenas com a adição do 1.6 16V – que só está disponível na configuração “top” Essence. Ele gera 115/117cv de potência a 5.500 rpm e 16,2/16,8 kgfm de torque a 4.500 giros. Além do E.TorQ, o Palio pode ser comprado com o 1.0 Fire de 73/75 cv e 9,5/9,9 kgfm de torque e o 1.4 Fire de 85/86 cv e 12,4/12,5 kgfm.

Em relação ao design, não foram feitas alterações – todas certamente reservadas para o modelo 2012. Na traseira, as lanternas continuam posicionadas baixas. A frente pelo menos tem um visual mais harmônico, depois de ganhar os faróis de dupla parábola do Siena no início de 2009. O único adereço que consegue trazer uma certa novidade ao Palio é o aerofólio traseiro, de série em todas configurações.

A versão equipada com o motor é a topo de linha Essence e sai de R$ 36.860 já com direção hidráulica, computador de bordo, vidros dianteiros e travas elétricas, faróis de neblina e volante com regulagem de altura. A unidade testada era completa e ainda adicionava ar-condicionado, rodas de liga leve de 15 polegadas, airbag duplo, rádio CD/MP3/USB, sensores de chuva e de luminosidade, volante em couro e apoios para braço do motorista. Com isso, o preço chega em salgados R$ 48.141. Ainda existe a opção do câmbio automatizado Dualogic por R$ 2.370 extras. Com pacotes de equipamentos semelhantes, rivais como Volkswagen Gol 1.6, Chevrolet Agile 1.4 e Ford Fiesta 1.6, custam R$ 45.345, R$ 45.744 e R$ 42.000, respectivamente.

Em quinto lugar no ranking de mais vendidos do país desde a chegada do novo Uno, o Palio hatch será o primeiro da linha a ganhar a segunda geração. Chega às concessionárias segundo trimestre de 2011 e, em seguida, virão o sedã Siena e, mais tarde, a pick-up Strada e a perua Weekend. A plataforma utilizada será uma versão alongada da que equipa o novo Uno. E a missão da nova geração do Palio será distanciar os dois modelos na briga entre os populares. Ou seja, fazer com que o Palio volte a representar uma opção de “upgrade” para quem tem um Uno e pretende comprar um carro um pouco maior, melhor e mais moderno – mais sem custar muito mais caro.



Impressões ao dirigir

Impulso na reta da chegada

Faltava ânimo ao veterano Palio. Se com os motores Fire e até com o antigo 1.8 de origem General Motors o hatch não empolgava, a introdução do E.TorQ amenizou de certa forma o problema. O 1.6 16V com 115/117 cv tem bom desempenho acima dos 2.300 giros e consegue levar o Palio a 100 km/h partindo da inércia em bons 10,7 segundos. Entretanto, o rendimento abaixo da marca das 2.300 rpm ainda é insatisfatório. O propulsor demora a encher e não empolga. Com isso, o motorista precisa fazer bastante uso do câmbio manual, que tem engates pouco precisos – um problema crônico do Palio, desde o seu lançamento.

No aspecto da dirigibilidade, o hatch continua a ser o que sempre foi –  um carro feito para a cidade. A suspensão é “mole” e privilegia o conforto. Na hora de superar os buracos das grandes cidades, o bom “jogo” da direção ajuda. Por outro lado, no momento de enfrentar curvas mais acentuadas, o Palio “rola” muito e não transmite muita confiança para o motorista. No interior, a versão testada contava com bancos com acabamento em veludo que também contribuem para o bem-estar a bordo. O ponto negativo ainda é a posição das saídas do ar-condicionado. Instaladas logo sob o rádio, é impossível mexer no sistema sem ser atingido pela rajada de vento. O acabamento interno também não é dos melhores e é possível encontrar rebarbas aparentes.



Ficha técnica
Fiat Palio Essence 1.6 16V

Motor: Dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.

Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.

Potência máxima: 115/117 cv a 5.500 rpm com gasolina e etanol.
Torque máximo: 16,2/16,8 kgfm a 4.500 rpm.
Diâmetro e curso: 77 mm X 85,8 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.

Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores transversais com barra estabilizadora. Traseira por eixo de torção com barra estabilizadora.

Freios: Discos ventilados na frente e a tambor atrás. ABS.

Pneus:
185/60 R15 em rodas de liga leve.

Carroceria:
Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,84 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,44 m de altura e 2,37 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais.
Peso: 1.032 kg em ordem de marcha, com 400 kg de carga útil.
Capacidade do porta-malas: 290 litros.

Tanque de combustível: 48 litros.
Produção:
Betim
Lançamento: 1996








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